PALAVRA DO DIA
WORD DAILY
Habacuque 3:2 Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Remindo o tempo
Por Roberto Takeshi Suehiro
Ef 5:16 Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.
Estudos, trabalho, descanso, momentos de descontração, é isso que as vezes acompanham a rotina de qualquer ser humano. E nem sempre é fácil ter uma vida onde todas essas coisas são bem definidas e organizadas. Ou a pessoa trabalha muito, ou ela estuda muito, ou descansa demais, ou se diverte ou acaba não fazendo nada, mais sempre há este desequilíbrio. Nós que somos seres humanos, somos envolvidos por essa rotina que toma a maioria do nosso tempo.
Os dias de hoje, passam muito mais rápido, veja como os anos tem passado rapidamente, hoje iniciamos o ano, e logo já estamos comemorando o final do ano.
E é muito claro que todas estas coisas citadas acima, é uma corrida atrás do vento, o exemplo claro disso é o trabalho excessivo, afim de se obter riquezas, pois se a pessoa não está numa busca para um desfrute presente deste dinheiro pelo qual ela trabalho, ela está pensando em sua velhice. E porque é uma corrida atrás do vento,? pois o dinheiro vai e a vida passa, e provavelmente a pessoa chegará na mesma declaração feita por Salomão
Eclesiastes 1:3 Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Eclesiastes 1:4 Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
E nós que somos Cristãos, por peregrinar nesta terra, somos levados a conviver todos os dias com essa realidade, pois temos que trabalhar, estudar, temos nossos momentos de descontração.
E o grande problema é lidar com os excessos, pois não se esqueçamos que pela nossa velha natureza, somos desequilibrados, isso como qualquer ser humano, a tendência é sempre partir para os extremos, preciso trabalhar, preciso estudar, realmente precisamos, porém qual a finalidade de tanto trabalho, de tanto estudo, de tanto esforço. Satisfação profissional ? bens materiais ? ser bem sucedido ? e para que essa busca ?
Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?Mateus 6:25
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.1 Timóteo 6:8
Peguei essas passagens, porque tanto Jesus aos discípulos, como o Apostolo Paulo à carta pastoral a Timóteo, deixa bem claro, para que não viva na busca em um desfrute terreno, estejam pois satisfeitos com a vestimenta, com o alimento, não busque os excessos, tesouros terrenos.
Busque as coisas celestiais, pois vocês são moradores de lá em Cristo Jesus.
Porém como eu disse, somos desequilibrados, pela nossa velha natureza, talvez você diga: mais a minha busca nunca foi uma vida bem sucedida, porém a questão não é essa, o tema que estou abordando fala de remirmos o nosso tempo, organizar o nosso tempo, e por que isso ?, pois nós que somos Cristãos, vivemos em uma era, onde os atrativos desta terra pode ser comparada, a uma comparação que ouvi de um irmão meu, muito interessante, nós muitas vezes somos como meninos diabéticos, olhando para uma imensa, e linda rosquinha açucarada, por detrás da vitrine, e o que tem a ver essa analogia, nós que pela nossa velha natureza somos terrenos, desejamos muitas vezes os atrativos desta terra, por exemplo, TELEVISÂO, INTERNET, VIDEOGAMES, PRATICA DE ESPORTES (FUTEBOL, VOLEI), PASSEIOS, VIAGENS.
Perceba não que esteja crucificando quem vê TV, quem fica na Internet, pois eu mesmo vejo TV, uso internet, adoro futebol e curto viagens, porém qual é o espaço, dimensão e proporção em nossas vidas?
O próprio apostolo Paulo fez a declaração no capitulo 5, verso 16. remindo o tempo pois os dias são maus, será que tais coisas tem tomado o lugar de Deus em nossas vidas?, será que tais coisas tem sido mais importantes e priorizadas em relação a uma vida diária com Deus?, me referindo lógico a vida de oração, meditação, consagração.
A grande pergunta é qual tem sido nossa prioridade ? primeiramente as coisas do Senhor, ou primeiramente nossas satisfações? Um exemplo claro é quando nós como igreja, nos reunimos para um final de semana, para passarmos o dia, qual a prioridade ? é Cristo ? ou a nossa diversão ? pois se for a diversão, estamos dizendo que o estilo de vida da igreja primitiva de atos 2 era um saco, pois ele se reuniam no templo para orar, eles eram unânimes.
E quando a igreja está reunida, a tendência é que Cristo seja o anfitrião, não apenas o convidado estraga prazeres, porque a nossa tendência é achar que primeiro vem a diversão, depois a coisas de Deus! Que tirar tempo para orar e meditar antes dos nossos ajuntamentos é depois, ERRADO, se o pensamento da igreja é essa estamos ERRADOS.
Nós como Cristãos precisamos diariamente ver, como está a organização do nosso dia, se realmente estamos vivendo mais para esta terra e nossos prazeres, ou de fato para Deus, tudo que formos realizar, o objetivo claro tem que ser glorificar a Deus,
Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.1 Coríntios 10:31
E tomemos o ensino do apostolo Paulo, aprender a usar as coisas dessa terra como se não usassem.
E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa.1 Coríntios 7:31
Que Cristo nos livres de nós mesmo, desses dias que são maus, e nos desraigue deste mundo.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
A SOBERANIA DE DEUS e o julgamento dos homens
TEXTO BASE: Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;Rm 1:20
O Senhor quando iniciou a processo da criação, estabeleceu tudo na sua mais perfeita harmonia, e vemos no capitulo 1 de Genesis, tudo o que foi criado, após estabelecer a criação, por último foi estabelecido o homem, a partir do concilio do Pai, Filho e Espírito Santo,(Genesis 1:26), porém o homem, quando criado tinha um relacionamento com Deus, relacionamento intimo, pois o homem estava revestido por Deus.
Porém a partir do pecado de Adão e Eva, todo relacionamento entre Deus e o homem havia sido perdido, entrando o pecado no mundo,o homem havia se rebelado contra Deus, contra a ordenança de Deus!
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.Romanos 5:12
Tal contaminação não ficou somente para o homem, mas contaminou toda a terra e tudo que nela há.
Por isso a terra está contaminada; e eu visito a sua iniqüidade, e a terra vomita os seus moradores.Lv 18:25 (principio)
Vemos no antigo testamento, pessoas com uma vida acima dos 100 anos, Abraão 175 anos, outros chegavam a 700, 900 anos (Genesis 5)
Veja como o pecado deteriora a criação, hoje temos uma vida curta, se é que posso chamar de vida, a vida que as pessoas levam, além do Senhor ter abreviado tais dias e louvado seja Deus, por ter abreviado esses anos, se não teríamos hittler, Mussolini, Vargas, todos a solta!
E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias.Marcos 13:20
Talves você diga, o que o pecado tem a ver comigo? Eu nunca roubei, eu nunca matei, eu ajudo os outros!
Só que o problema não está ai, a grande questão é quem e o que a palavra de Deus diz o que você é!, vejamos
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;Romanos 3:23
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.1 João 1:8
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1 João 1:10
Veja o pecado é algo latente dentro de nós!
Coloquemos na balança qual palavra tem mais valor, aquele que diz podem passar os céus e a terra mais as minhas palavras não passaram, ou a sua palavra, qual é o peso entre a sua palavra e a palavra de Deus?
E é justamente por essa indiferença entre você e a palavra de Deus, ou seja você sempre justificando seu modo de ser e viver, que Romanos 1:18-32, começa a relatar toda verdade sobre o destino da humanidade, que não glorifica a Deus de fato como ele é!
Veja e perceba o autor está dizendo que tudo que está ao seu redor nesta terra, como céu, mares e oceanos, trovões, relâmpagos, chuvas, animais, flores, frutos, florestas, toda criação, até mesmo a complexidade do homem(como em seu crescimento), tudo testifica que há um Deus.
Mas o apostolo Pauio declara firmemente Rm 1:21-25, eles mudaram a imagem de Deus, comparando ao homem, falho, inconstante, comparado até mesmo como aves, repteis e quadrúpedes!
Por isso são indesculpáveis, como se pode comparar um Deus Grande, Forte, Poderoso, Criador dos céus e da terra, grandioso em sabedoria!
Você quer realmente saber o grande segredo do homossexualismo? (Rm 1:26-27), Deus os entregou, injustamente? Claro que não!
Talvez você diga coitado mais ele não fez nada para merecer isso, fizeram sim mudaram a Gloria de Deus incorruptível em coisas corruptíveis.
Mas você pode dizer, quer dizer que você não fez? Eu também fiz, porém romanos 8 diz não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, se eles se converterem certamente não estarão sobre essa condenação, ou seja, sem Cristo estamos na condenação, seja homossexual, alcoólatra ou o melhor homem da face da terra!
E por haverem desprezado, se entregarão a uma disposição reprovável!(Rm 1:28-32)
-cheios de toda injustiça
-malicia
-avareza
-maldade
-possuidos de inveja
-homicidio
-contenda
-dolo
-malignidade
-difamadores
-caluniadores
-aborrecidos de Deus
-insolentes
-soberbos
-presunçosos
-inventores de males
-desobedientes aos pais
-insensatos
-pérfidos
-sem afeição natural
-sem misericórdia
E não somente esses, mais os que também aprovam os que assim procedem.
Você se encaixou nestes itens, que o Espírito Santo te revele, se de fato você está andando de uma maneira reprovável!
Veja os sinais que antes, demonstravam a existência de Deus, hoje, se tornaram mais escassas, veja os antigos dizem antigamente trovões eram muito mais intensos, antigamente o sabor de um alimento era muito mais saboroso.
E porque tais sinais diminuíram a sua intensidade? Você já parou para analisar, ou estão nulos em suas percepções, atinando como se não houvesse a existência de um Deus?
Pois quanto mais próximo o dia do grande julgamento de apocalipe 21:11-15 está mais próximo, menos exclarecimento das grandezas de Deus você tem, a não ser para os Cristãos que aguardam para uma viva esperança, não debitada nesta vida!
Veja no capitulo 4 de apocalipse verso 3 e 5, veja há arco-iris, há trovôes, relâmpagos saindo deste trono, porém no capitulo 21, não há, haverá somente a terra e o céu fugindo diante da presença do Deus Santo, e naquele dia, você ouvirá um grande silencio, as coisas que antes você via e podia perceber a existência de um Deus agora não há, somente a batida do martelo, e você sem se quer poder se defender, pois no tribunal de Deus, qual é a obra que você como homem caído apresentará diante de Deus
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.Isaías 64:6
Cristo de um lado da balança e você do outro, qual irá pesar mais?
Continua, dizendo que João vio mortos grandes e pequenos, ei veja, não há distinção entre ricos e pobres, o mar vomitará você, e Deus lançará você no lago de fogo apocalipse 20:15
Hebreus 10:29-31
Você naquele dia não poderá dizer, que a mensagem das boas novas, não chegou a você, pois você ouviu a verdade, sobre o destino daqueles que não estão em Cristo Jesus, ninguém poderá responder por você naquele dia, por isso a salvação é individual! Veja, não busque ao Senhor numa ambição egoísta em somente herdar a salvação, primeiramente ele deve ser o Senhor da sua vida, ele governa! Não estou pregando uma mera religião, ou somente viver num ambiente religioso, estou dizendo ter vida com Deus, de abandono das coisas terrenas e amor ao Senhor e pelo seu reino.
Que está palavra venha acompanhada por fé ao seu coração, e o que Espírito de Deus te convença dos seus pecados e gere arrependimento em sua vida!
Religião não salva ninguém, portanto viva para Cristo, caso ao contrario se viver somente uma religiosidade naquele dia o Senhor te dirá abertamente
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.Mateus 7:23
domingo, 21 de novembro de 2010
A NECESSIDADE DA SANTIDADE POR JOHN CHARLES RYLE
Por John Charles Ryle
Em último lugar, devemos ser santos porque sem a santidade na terra nunca estaremos preparados para desfrutar do céu. O céu é um lugar santo. O Senhor do céu é um Ser santo. Os anjos são criaturas santas. A santidade está estampada em tudo quanto existe no céu. O livro de Apocalipse expressa: “Nela nunca jamais penetrará cousa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira!” (Ap 21.27).
Apelo solenemente a todos quantos lêem essas páginas: como poderemos nos sentir felizes e à vontade no céu, se morrermos destituídos de santidade? A morte não opera automaticamente alguma transformação. O sepulcro não impõe qualquer alteração. Cada indivíduo haverá de ressuscitar com o mesmo caráter com que deu seu último suspiro. Onde será o nosso lugar, se vivermos hoje estranhos à santidade?
Suponhamos por um momento que você tivesse a permissão de entrar no céu sem santidade. O que você faria? Qual prazer você poderia usufruir ali? A qual dentre todos os santos você se achegaria; ao lado de quem você se sentaria? Os prazeres dele não seriam seus prazeres, os gostos deles não seriam os seus gostos, o caráter deles não corresponderia ao ser caráter. Como você poderia sentir-se feliz, se não tivesse sido santo neste mundo?
Atualmente, talvez você prefira a companhia dos negligentes e dos descuidados, dos dotados de mente mundana e dos cobiçosos, dos farristas e dos que buscam prazeres, dos ímpios e dos profanos. Porém, não haverá tais tipos de pessoas no céu.
Atualmente, talvez você sinta que os santos de Deus são por demais rigorosos, solenes e sérios. Você prefere evitar a companhia deles. Você prefere evitar a companhia deles. Você não se deleita na sua companhia. Porém, não haverá outro tipo de companhia lá no céu.
Atualmente, talvez pense que a oração, a leitura da Bíblia e o cântico de hinos evangélicos seja algo enfadonho e melancólico, uma atividade estúpida, algo que pode ser tolerado vez por outra, mas não usufruído com satisfação. Talvez você considere o descanso dominical um fardo e uma canseira; você não poderia passar senão uma pequena fração deste tempo adorando a Deus. Lembre-se, entretanto, de que o céu será um interminável descanso dominical. Os seus habitantes descansarão ali, noite e dia, entoando hinos de louvor ao Cordeiro e exclamando: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso”. Como é que um homem profano poderia encontrar prazer numa ocupação como essa?
Você imagina que uma pessoa profana se deleitaria em encontrar-se com Davi, Paulo e João, após uma vida inteira desperdiçada exatamente na prática daquilo contra o que eles falaram? Porventura, ele tomaria um doce conselho com esses personagens e descobriria que tinham muito em comum? Acima de tudo, você imagina que tal pessoa se regozijaria em encontrar-se com Jesus, o Crucificado, face a face, após ter se agarrado aos pecados por causa dos quais Ele morreu; depois de haver amado os seus inimigos e desprezado os seus amigos? Poderia tal pessoa pôr-se de pé diante de Cristo, com toda confiança, unir-se ao coro santo, dizendo: “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Is 25.9)? Antes, você não pensa que os lábios de uma pessoa profana se calariam de tanta vergonha, e que o seu único desejo seria ser expulso dali? Tal indivíduo se sentiria um estranho em uma terra desconhecida, uma ovelha negra em meio ao santo rebanho de Cristo. A voz dos querubins e dos serafins comporiam uma linguagem que ele não seria capaz de entender. O próprio ar lhe pareceria uma atmosfera irrespirável.
Não sei dizer o que outros pensariam a esse respeito, mas, para mim, é claro que o céu seria um lugar insuportável para um homem mundano. Não poderia ser de outro modo. As pessoas podem dizer, de maneira vaga: “Eles têm a esperança de chegar ao céu”. Entretanto, eles assim o dizem por não considerarem o que estão dizendo. Deve haver um certo preparo para a “herança dos santos na luz” (Cl 1.12). Nosso coração precisa estar sintonizado com essa herança. Para chegarmos ao descanso da glória, teremos de passar pela escola do treinamento na graça. Teremos de ser dotados de mente celestial, de gostos celestiais na vida que agora é, porquanto, de outro modo, jamais nos encontraremos no céu.
Por J.C. Ryle (1816 - 1900) - primeiro Bispo de Liverpool da Igreja da Inglaterra.
Excerto do excelente livro: Santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor
Disponibilizado pela Editora Fiel e iPródigo
Creditos à voltemosaoevangelho.blogspot.com
UMA GUERRA DECLARADA CONTRA NÓS MESMOS
Por Roberto Takeshi Suehiro
Efésios 5:17 Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
Apostolo Paulo começa dizendo que existe uma militância, um exercício continuo contra o Espírito, é necessário a compreensão da maneira em que ela atua em nós para que saibamos lidar contra este adversário do Espírito Santo.
Vemos nos dias de hoje, Cristãos murmurando não entendendo o seu modo de agir, e John Piper traz uma declaração de guerra!
Precisamos entender, esta guerra não contra as pessoas, mas contra nós mesmo! Temos uma guerra contra Satanás sim(ef 6:12), e não desprezemos ela, porém, Satanás atua na base de operação que está na nossa carne e no pecado, ninguém vai ao inferno por Satanás, mais sim pelos próprios pecados, ou seja o nosso maior inimigo se chama Roberto Takeshi Suehiro, ou seja você contra você mesmo!
Se você é uma pessoa áspera, uma pessoa critica, indiferente! Você precisa lidar com você mesmo, precisa aprender a guerrear!
Sabemos que nosso ser é composto de corpo, alma e espírito.
(1 Tessalonicenses 5:23), Daniel 7:15, Tiago 2:26
No processo de regeneração, recebemos um espírito novo, porém o corpo, ou seja a nossa carne continua no seu mesmo estado pecaminoso, e compreendendo que o espírito e corpo, constituem uma alma vivente, percebemos que há uma imcopatilidade entre o espírito novo e a carne (ez. 36:26)
Contudo o Senhor Jesus declara algo aos discípulos
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.Marcos 14:38
Enquanto Jesus orava, voltando-se encontrou os discípulos dormindo, Jesus enfatizou a eles que o espírito deles estava pronto, porém a carne deles era fraca.
Mas após o pentecostes, os apóstolos experimentaram o selo definitivo com o Espírito, andando cheio de poder e graça.
Mas se a nossa carne permanece em nós, ou seja o corpo desta morte, como ela atua, e como combatê-la ?
Segundo o escritor de hebreus, ele traz algumas declarações.
E afirma no capitulo 12, verso 1
Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.
O escritor deixa claro que é tenazmente, como uma cola, que ela nos tenta, diz que é todo peso e do pecado.
Nos assedia pois, consideremos que a partir de uma cobiça é gerado um pecado
Tiago 1:12-15
Vejamos, tomemos cuidado e atentemo-nos para o que realmente a nossa carne produz como obra, e como de fato ela consuma o pecado.
Obras da carne (Gálatas 5:19-21)
- Prostituição
- Impureza
- lascívia
Sensualidade; lúbrica; desregrado (Devasso, libertino); libidinagem (Relativo ao prazer sexual, ou que o sugere; voluptuoso, Que procura constantemente e sem pudor satisfações sexuais); Luxúria.
- idolatria
- feitiçarias
- inimizades
- porfias
discussão; disputa; contenda pertinaz com palavras; perseverança; obstinação
- Ciúmes
- Iras
- discórdias
- dissensões
falta de concordância a respeito de (algo); divergência, discrepância; estado de litígio; desavença, conflito, disputa; característica daquilo que discrepa; oposição
- facções
s.f. Empresa ou expedição militar. / Partido, grupo; bando. / Parcialidade.
- Invejas
- bebedices
- glutonarias
- e coisas semelhantes a essas.
É exatamente todas essas coisas, ou seja, nossa carne pode produzir todas essas misérias, é por isso que o apostolo Paulo declarou
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.Romanos 7:18
Apostolo Paulo dizia que esmurrava o seu corpo afim de não ser reprovado
Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.1 Coríntios 9:27
E nós que se dizemos Cristãos, digo começando por mim como estamos lidando com o nosso pecado, Hebreus traz uma declaração, que é totalmente pertinente para os dias de hoje
Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.Hebreus 12:4
Sabemos que se não fosse por Cristo e pelo Espírito de Deus que agora atua em nós, certamente não consegueriamos vencer esta batalha, e até mesmo pela declaração de Jesus que sem ele nada nós poderíamos fazer.
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.Romanos 8:13
É ai que devemos parar, e se analisar de fato estamos no Espírito, e se ele habita em nós,
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.Romanos 8:9
Apostolo Paulo faz esta declaração, afim de realmente indiciar a obra salvifica na vida do individuo, e analisar e se de fato o pecado é a nossa realidade constante, ou estamos no processo de santificação, abnegação da nossa velha natureza, se de fato estamos nos despojando do nosso velho homem.
E vejamos se de fato nascemos do Espírito ou somos nascidos da carne.
João 3:6
Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca.1 João 5:18
Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.Romanos 8:5
Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.João 6:63
Amados, qual tem sido nossa semeadura, temos semeado na carne, ou semeado no Espírito
Mas se Cristo realizou a obra, e o Espírito Santo quem faz a obra na vida do individuo, qual a responsabilidade, do Cristão verdadeiro.
Apostolo Paulo diz em Gálatas 5:16
Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.Romanos 13:14
Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.1 Pedro 4:2
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.1 João 2:16
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.Gálatas 5:13
NÃO USEMOS A NOSSA LIBERDADE PARA DAR OCASIÃO A CARNE, NÃO É PORQUE NESTE CORPO HÁ A MISERIA DA IRA QUE EU SIMPLESMENTE ME CONFORMAREI COM TAL PRATICA, NÃO É PELO FATO DE EXISTIR DESEJOS SEXUAIS QUE EU IREI SATISFAZE-LAS
AMADOS SEJEMOS RADICAIS CONTRA NÓS MESMOS, DECLARANDO ESTA GUERRA, PRECISAMOS GUERREAR CONTRA O NOSSO CONFORMISMO, CONTRA AS NOSSAS COBIÇAS, CONTRA A CONSUMAÇÃO DO PECADO!
NÃO DEVEMOS DAR BRECHA , FOMOS CHAMADOS A LIBERDADE, LANCEMOS FORA TODA PESO DO PECADO, POIS A PARTIR DOS NOSSOS PECADOS É QUE PARTEM AS ACUSAÇÕES, SE PECARMOS SABEMOS QUE EXISTE O ADVOGADO DAS NOSSAS ALMAS, PORÉM NÃO USEMOS DA LIBERDADE PARA LIBERTINAGEM!
Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;1 Pedro 3:18
sábado, 20 de novembro de 2010
Os consoladores de Jó – John Stott
Depois que o Senhor disse essas palavras, disse também a Elifaz, de Temã: "Estou indignado com você e com os seus dois amigos, pois vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó". – (Jó 42.7)
A Bíblia não traz solução para o problema do sofrimento, porém leva-o a sério e indica as maneiras de enfrentá-lo. E nesse sentido que o livro de Jó oferece uma importante contribuição.
O livro começa com uma rápida visão a partir de duas perspectivas. De um lado, vemos a retidão de Jó, sua família e suas riquezas, de outro lado, a joâmara do concilio celestial, onde Deus e Satanás entram numa discussão sobre Jó. Fica claro a partir dessa discussão que os sofrimentos de Jó aconteceram com a permissão de Deus. Só após esse consentimento é que Jó foi esma¬gado por uma série de tragédias, que resultaram na perda de seu rebanho, de seus servos, filhos e filhas e de sua saúde.
Foi nesse momento que seus três amigos chegaram para consolá-lo. Inicialmente, eles apenas ficaram sentados no chão, ao lado dele, e durante orna semana não disseram nada. Como seria bom se eles tivessem continuado de boca fechada! Ao contrário, eles despejaram toda a sua ortodoxia convencional sobre Jó, repetindo novamente a mesma ladainha, que Jó estava sofrendo por causa de seus pecados. "O ímpio sofre tormentos a vida toda", afirmou Elifaz (15.20). "A lâmpada do ímpio se apaga", acrescentou Bildade 18.5), e Zofar concluiu dizendo que "o riso dos maus é passageiro" (20.5).
Embora Jó tenha errado ao se deixar envolver por um sentimento de autopiedade , ele não estava errado ao rejeitar a doutrina de seus amigos ou chamá-los de "médicos que de nada valem" (13.4) e "pobres consoladores" (16.2) que não falam outra coisa senão "absurdos" (21.34). Mais tarde, Deus confirmou o veredicto de Jó ao declarar que estava "indignado com Elifaz e seus dois amigos" (42.7), pois eles "não falaram o que é certo" a respeito dele 42.7-8).
O livro de Jó é também importante para a nossa compreensão das Escrituras. Ele nos diz que não podemos considerar as palavras dos amigos de Jó como um ensino das Escrituras. Esses discursos foram incluídos nas Escrituras com o propósito de serem contestados, não endossados.
Para saber mais: Jó 42.1-9
Extraido de http://www.johnstott.com.br
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
DEVOCIONAIS E ORAÇÕES DE JOÃO CALVINO: Pecado e castigo
Pecado e castigo - João Calvino
Mui profundamente se corromperam, como nos dias de Gibeá. O Senhor se lembrará das suas injustiças e castigará os pecados deles. Os 9.9
Neste versículo, Oséias declara que o povo estava tão mergulhado nos próprios vícios que não poderia ser puxado para fora deles. Aquele que caiu pode se levantar, se alguém lhe estender a mão; o que luta para sair do lamaçal pisará de novo em terra firme, se achar quem o socorra. Mas não há esperança de resgate para quem é lançado na voragem. Estendo minhas mãos inutilmente àquele que submerge num naufrágio e é tragado por imenso redemoinho. Portanto, aprendamos a nos reerguer, mas antes prestemos atenção quando o profeta diz que os israelitas estavam profundamente submersos, porque é preciso estar cheios de desprezo por Deus para afundar desse jeito. Assim, estimulemo-nos dia a dia ao arrependimento e conservemo-nos zelosamente alertas para não cairmos nesse sorvedouro colossal. Saibamos que muito se enganam os indulgentes consigo mesmos, enquanto o Senhor suportar-lhes misericordiosamente os pecados, pois embora ele reprima o seu desprazer por um tempo, no instante oportuno se lembrará deles e manifestará isso infligindo-lhes o justo castigo.
Oração
Concede, ó Deus onipotente, que, assim como refulgiste em nós pela tua Palavra, não sejamos cegos ao meio-dia nem busquemos voluntariamente as trevas, para assim induzirmos nossa mente a dormir. Antes sejamos despertados diariamente pelas tuas palavras e nos estimulemos mais e mais a temer o teu nome, para oferecermos a ti como sacrifício, tanto nós mesmos como todos os nossos anseios, de maneira que nos governes em paz e habites perpetuamente em nós, até que sejamos recolhidos à tua habitação celestial, onde nos estão reservados repouso e glória eternos, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
Devotions and prayers of John Calvin, 52 one-page devotions with selected prayers on facing pages.
Org. Charles E. Edwards. Old Paths Gospel Press. S/d. Pags. 20 e 21.
Tradução: Marcos Vasconcelos, junho/2009.
(mv.tradutor@gmail.com)
Extraido http://profgaspardesouza.blogspot.com
João Calvino
O Amor Soberano de Deus: Nosso Conforto
O Amor Soberano de Deus: Nosso Conforto
Prof. Robert D. Decker
Traduço: Felipe Sabino de Araújo Neto /
felipe@monergismo.com
O assunto me designado pelo comitê foi posto na forma de uma pergunta: “A ênfase sobre o amor de Deus leva ao Arminianismo ou ao conforto para o povo de Deus?”. A princípio não entendi a pergunta. Como uma ênfase sobre o amor de Deus pode levar ao Arminianismo? Contudo, após um pouco de reflexão, penso que sei o que o comitê tinha em mente.
Há aqueles que enfatizam o amor de Deus. Deus é amor, eles dizem. E a Bíblia de fato diz que Deus é amor. Mas estas pessoas dizem isto querendo dizer que Deus ama todo mundo, todos os homens. Pertence à própria natureza de Deus amar todos. Porque ele é amor, Deus não pode odiar. Deus não pode e de fato não reprova pessoas, nem determina condená-las com um castigo eterno por causa dos seus pecados. Deus em seu amor dá a todo mundo uma chance de ser salvo. Somente quando uma pessoa recusa de maneira obstinada e persistente se arrepender dos seus pecados é que Deus a condena. Deus oferece seu amor a todo mundo. E alguns vão mais adiante para dizer que Deus de fato salva todo mundo – até mesmo os incrédulos. Por conseguinte,a igreja, de acordo com esta visão, é chamada a pregar o amor de Deus na forma de uma “oferta sincera”. A igreja deve dizer às pessoas de todo lugar: Deus te ama; Deus tem um plano maravilhoso para a sua vida; Deus quer te salvar! É tudo amor, amor,amor. E ninguém jamais deve falar sobre ódio ou ira de Deus.
Este conceito extremamente popular do amor de Deus não somente leva ao Arminianismo - - ele é Arminianismo, se não um universalismo completo. E, este conceito não fornece absolutamente nenhum conforto para o povo de Deus. Pode soar como uma doutrina confortante dizer que Deus ama todo mundo e não odeia ninguém, mas na realidade isto torna o amor de Deus dependente da vontade inconstante e pecaminosa do homem. Se o homem aceita a oferta do amor de Deus, Deus o salvará. Em outras palavras, Deus não pode amar a menos que o homem ame!
Não há nada certo sobre isso! Um homem pode amar num dia e odiar no outro. Não há conforto nisto. Além do mais, se isto é verdade, quem é Deus? De acordo com o conceito Arminiano, o homem é realmente Deus, pois seu amor deve vir primeiro. Isto é blasfêmia. A partir deste ponto de vista, o Arminianismo é tão destrutivo para a fé cristã como o Liberalismo.
De tudo isto vem um temor por parte do povo Reformado, um temor de que a ênfase sobre o amor de Deus levará ao Arminianismo. Eu posso entender muito bem que o Arminianismo é a ultima coisa que eles desejam! Mas na realidade o temor não tem fundamento. Por que? Porque o conceito Arminiano do amor de Deus não é um conceito do amor de Deus, mas sim um conceito distorcido e corrompido do amor de Deus. A ênfase sobre o conceito bíblico do amor de Deus (como exposto nos Credos Reformados) não leva ao Arminianismo, mas é o golpe mortal contra o Arminianismo. Ao mesmo tempo ele é o conforto certo e permanente do povo de Deus. Portanto, a igreja deve enfatizar o amor de Deus. Ela deve fazer isso para que a verdade possa ser conhecida e defendida, para que o povo de Deus possa ser confortado e para que o nome de Deus possa ser glorificado!
Considere este assunto comigo sob o tema:
O Amor Soberano de Deus: Nosso Conforto
Observe:
1) O que ele é,
2) Suas características, e
3) Seu conforto para o povo de Deus.
O que ele é?
Antes de qualquer outra coisa, devemos entender que amor, todo amor, procede de Deus. Isto significa que amor não é o que o mundo chama de amor. O mundo fala de amor: amor paternal, amor marital, amor entre amigos, etc. O mundo fala sobre amor em muitos sentidos. De fato, o mundo fala de amor como a cura para todos os seus problemas. Tudo o que o mundo precisa, assim é dito, é um pouco de amor. Isto não é amor. Na melhor das hipóteses, isto é apenas uma certa afeiço ou atraço natural. No resto, ela é apenas terrena, sensual e diabólica; ela pertence à luxúria da carne, à luxúria dos olhos e ao orgulho da vida. O amor do mundo, de fato, é o próprio oposto do amor de Deus. O amor do mundo é ódio contra Deus, seu Cristo e seu povo. Isto é tudo o que ele pode ser. Não importa quão docemente o mundo possa falar sobre amor; ele odeia a Deus e a sua causa. Esta não é meramente minha opinião; é a Palavra de Deus. A Bíblia ensina que “a mente carnal (literalmente,a mente da carne, R.D.D.) é inimizade (ódio) contra Deus; ela não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser” (Romanos 8:7).
Positivamente, o amor é de Deus. Deus é a única fonte de todo amor. Não pode haver nenhum amor fora de Deus. Isto significa que o único amor que existe é o amor de Deus. Amor é um atributo de Deus, uma característica do seu ser divino, juntamente com outras características tais como santidade, graça, misericórdia, etc. E se podemos fazer comparaçes, amor é a característica principal do ser de Deus. Em 1João 4:8 lemos a declaraço absolutamente impressionante de que “Deus é amor”. Deus é amor. Nós não lemos isto das outras virtudes de Deus, pelo que é do meu conhecimento. Lemos que Deus é o Deus de toda graça, que ele é misericordioso, santo, cheio de longanimidade, etc. Mas em 1João lemos que Deus é amor. Isto significa que, não importa o que mais Deus possa ser, ele é preeminentemente amor.
O amor pertence à própria essência do ser de Deus. Em tudo que ele é e em tudo o que ele pensa, deseja, determina e faz, ele é amor. Deus como Deus, o Todo-poderoso, o Criador soberano, o Sustentador de todas as coisas, e o Redentor dos seus eleitos em Cristo – em tudo isso, Deus é amor.
O que é este amor? Em Colossenses 3:14 lemos que: a caridade (amor) é o vínculo da
perfeição. Amor é um vínculo. Ele une ou torna um. No amor, dois se tornam um. Eles são unidos num vínculo com uma mente, uma vontade e um desejo. Amor é uma unidade na comunhão. O que é mais: amor é o vínculo da perfeição – isto é, da perfeiço moral.
Isto é o que a Bíblia chama de santidade. Este é o tipo de vínculo que o amor é. Este, a propósito, é precisamente o porquê o amor não pode existir no mundo de pecado e incredulidade. O amor une num vínculo de justiça e de bondade moral. E novamente, que seja enfatizado, o amor procede primariamente de Deus.Deus o Pai, Filho e Espírito Santo vivem num vínculo íntimo de comunhão, um vínculo baseado na perfeiço da justiça e santidade do próprio Deus. Deus ama a si mesmo e não precisa de ninguém fora de si. Deus vive no vínculo da perfeição.
A maravilha é que Deus amou e ainda nos ama! Ele nos amou na eternidade. Antes da fundação do mundo, Deus, em seu amor, nos predestinou para sermos conformados à imagem do seu Filho (Efésios 1). Deus, que não tinha necessidade de nós, determinou colocar seu amor sobre nós e nos tomar em sua comunhão pactual. Este amor de Deus é certamente manifesto em Cristo e na sua cruz. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16) “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).
Deus nos amou tanto que ele deu seu Filho primogênito à cruz, às agonias do inferno,
à morte e ao sepulcro por nós. Olhando para este amor maravilhoso de Deus e considerando nossa indignidade como pecadores depravados e imundos, só podemos exclamar com o apóstolo inspirado: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai,a ponto de sermos chamados filhos de Deus...” (1João 3:1). Este é o amor de Deus!
Vede que grande amor de Deus! Maravilhe-se e seja grato por ele.
A questão é: como recebemos o amor de Deus? A resposta é: da parte do Espírito Santo. O Espírito Santo, enviado pelo Cristo ascendido, derrama o amor de Deus em nossos corações. A Bíblia diz: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gálatas 5:22,23). Note que o texto não diz os frutos do Espírito, mas o fruto do Espírito. Por conseguinte, não há muitos frutos, mas somente um fruto. Este um fruto do Espírito é o amor de Deus. E este amor-fruto do Espírito é composto de muitas virtudes e bênços. Alegria, paz, longanimidade, benignidade, etc., tudo isso
pertence ao amor de Deus, que é o fruto do Espírito. Ele é de fato um fruto
riquíssimo!
Este amor de Deus que recebemos do Espírito Santo é visto em nós. Manifestamos este amor de Deus exatamente ao amar os nossos irmãos. Isto significa que nunca os magoamos ou falamos mal deles. Sempre buscamos o bem-estar deles. Estamos dispostos a até mesmo dar nossas vidas pelos irmãos. Isto é enfatizado fortemente na Escritura. Os capítulos 3 e 4 de 1João estabelecem o ponto de que não podemos amar a Deus se não amarmos o irmão. Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35).
As Características do Amor
Este amor de Deus tem duas características principais ou dominantes. Em primeiro lugar, ele é um amor soberano. Isto está escrito em quase toda página da Escritura.
Em Deuteronômio 7:7,8 encontramos Moisés se dirigindo a Israel: “Não vos teve o SENHOR afeiço, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava”. O amor de Deus não dependia de algo em Israel. Na verdade, Israel se manifestou repetidamente como um povo rebelde e de dura cerviz. Não havia nada neles que os tornassem dignos do amor de Deus. A Bíblia ensina (cf. Efésios 1:3-11) que fomos abençoados com todas as bênços espirituais nos lugares celestiais em Cristo Jesus, escolhidos em Cristo antes da fundaço do mundo e predestinados para a adoço de filhos por Cristo. E Deus fez tudo isto em amor, em seu soberano amor. Portanto, não há outra razão para a nossa eleição em Jesus Cristo do que o amor soberano de Deus.
De acordo com esta mesma passagem da Escritura, este amor de Deus é de acordo com o bom propósito da sua vontade! Deus determinou livremente nos amar em Cristo. Então, há a passagem clássica de 1João 4:10: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciaço pelos nossos pecados”. Literalmente, o texto diz: “Nisto está o amor... ” todo amor: o amor de Deus por nós e nosso amor a Deus e aos nossos irmãos em Cristo. Todo amor consiste nisto, não que tenhamos amado a Deus, mas que ele nos amou. O amor de Deus sempre vem primeiro. Aparte disso não poderia haver nenhum amor.
Este é o caráter soberano do amor de Deus. Negativamente, isto significa que o amor
de Deus não depende de nada fora do próprio Deus. Deus coloca seu amor sobre Israel e o escolhe para ser seu povo, não por causa do valor ou amor de Israel, mas simplesmente porque Deus os amava. Em amor Deus escolheu seus eleitos em Cristo
Jesus antes da fundaço do mundo. Isto não aconteceu por causa de algo nos eleitos.
Deus não precisa do nosso amor para nos amar. Seu amor é soberano. Ele nos amou de acordo com o bom propósito da sua vontade, sua determinaço soberana.
Positivamente, isto significa que o amor de Deus sempre vem primeiro. Ele sempre é
a fonte de todo nosso amor, tanto a Deus como ao nosso próximo. De fato, o amor que está em nós não é nosso, mas de Deus. Este é um golpe fatal contra todo Arminianismo. O Arminianismo faz o amor de Deus vir em segundo lugar. Deus ama todos os homens, de acordo com o Arminiano, mas ele não pode salvar ninguém, exceto o homem que o ame. Por conseguinte, de acordo com o Arminianismo, o amor do homem deve vir em primeiro lugar e então Deus poderá amá-lo. De acordo com esta visão, o amor de Deus não produz soberanamente
o amor do homem, mas é dependente, controlado e limitado pelo homem – ele é uma
resposta ao amor do homem. Isto é o oposto do precioso ensino da Bíblia e torna
impossível todo conforto para o filho de Deus.
A segunda característica do amor de Deus é que ele é particular. Isto também está
escrito em quase toda página da Escritura. A passagem clássica é Romanos 9:13:
“Amei Jacó e odiei Esaú (KJV). Alguns, de fato, tentam explicar que isso significa:
“Amei menos a Esaú. Isso é tolice. A palavra é odiar.
Deus odiou Esaú, embora seu amor estivesse sobre Jacó. Isto se tornou muito óbvio na história das duas naçes que procederam de Jacó e Esaú. Israel era escolhido e precioso para Deus, enquanto Edom aparece como o inimigo réprobo da causa de Deus. Jesus ensinou a mesma verdade repetidamente. Nos capítulos seis e dez de João o nosso Senhor nos diz que ele veio para dar sua vida por aqueles a quem o Pai amava e tinha lhe dado: suas ovelhas. Ele disse aos incrédulos que eles não eram das suas ovelhas e, portanto, não Nota do tradutor: Embora as duas versões em português mais utilizadas (ARA e ARC) tragam “aborreci [de] Esaú, o Léxico Grego de Strong mostra que a palavra grega é miseo, da palavra primária misos(ódio). Entre os possíveis significados, o léxico apresenta: odiar, detestar, perseguircom ódio. O ouviam e seguiam.
Em João 17 Jesus ora e ama aqueles a quem o Pai havia lhe dado, mas ele não ora pelo mundo.
Tudo isto significa que o amor de Deus é particular. Ele é por seus eleitos em Cristo
Jesus. A ira de Deus reside sobre o restante, que são vasos de ira preparados para a
destruiço (Romanos 9). Uma pessoa pode traçar isso também por toda a história da
Bíblia. De acordo com Gênesis 3:15, Deus colocou inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente. Esta semente da mulher é Abel, Sete, Enoque, Noé, Sem (com Jafé habitando em suas tendas), Abraão, Isaque, Jacó, Israel, Davi, Cristo. Gálatas 3 ensina que esta semente é Cristo e todos os que estão nele pela fé. Esta semente é o amado do Senhor.
O Conforto para o Povo de Deus
Esta preciosa verdade do amor soberano e particular de Deus proporciona um conforto maravilhoso para o povo de Deus. Retornemos à nossa pergunta por um momento. A ênfase sobre o amor de Deus leva ao Arminianismo ou ao conforto para o povo de Deus? Ao Arminianismo? Nunca! O amor de Deus é soberano e particular.O Arminianismo não pode suportar isto! Confortar o povo de Deus? Com toda certeza! Este é todo o nosso conforto. Sabendo que o amor de Deus é soberano e particular, eu posso estar seguro da minha eleiço em Cristo; o amor de Deus não depende de mim. Olhando para este amor de Deus como manifestado na cruz de Jesus Cristo, estou certo da minha redenço. Considerando que este amor é sempre o mesmo e nunca muda, estou certo da minha preservaço para a glória. Este é o meu conforto. Ele é um conforto fundamentado no Deus Soberano Todo-poderoso.
Este é precisamente o tema daquele hino de vitória de Romanos 8. Após falar da predestinação eterna de Deus, o apóstolo lança o desafio: Quem nos separará do amor de Cristo? A resposta é: nada! Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo que nada poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! Este mesmo apóstolo tem esta oraço registrada em 2Tessalonicenses 2:16,17: “Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coraço e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra”.
Este é o amor de Deus. Ele deve ser enfatizado porque a Escritura o enfatiza. Somente
o amor de Deus deve ser enfatizado, não alguma noço distorcida e corrompida dele.
E este amor é, de fato, todo nosso conforto.
Fonte (original): Traduzido com permissão da PRC[http://www.prca.org/]
João 10:26: “Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas”.
Extraido de monergismo.net.br
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Os mártires e a teologia da prosperidade
. . O impiedoso Galério com o seu grande prefeito Asclepíades invadiu a cidade de Antioquia no intuito de, pela força das armas, fazer todos os cristãos renunciar radicalmente à sua pura religião. Naquele dia os cristãos encontravam-se reunidos, e um certo Romano foi correndo anunciar-lhes que os lobos estavam por perto querendo devorar o rebanho cristão. — Mas não tenham medo — disse ele — nem deixem que esse iminente perigo os perturbe, meus irmãos. — Aconteceu então que, pela grande graça de Deus atuando em Romano, velhos e matronas, pais e mães, mancebos e donzelas, mostraram todos a mesma vontade e decisão, estando mais do que dispostos a derramar o próprio sangue em defesa da fé que professavam.
. . Chegou ao prefeito a notícia de que um pelotão de soldados armados não conseguiu arrancar o báculo da fé das mãos da congregação de cristãos, e tudo porque Romano os instigou com tal veemência que eles não hesitaram em oferecer a própria garganta, desejando morrer gloriosamente pelo nome de Cristo. — Encontrem o rebelde — disse o prefeito — tragam-no à minha presença para que ele responda por toda a seita. — Ele foi apreendido e, amarrado como uma ovelha conduzida ao matadouro, foi apresentado ao imperador, que, fixando-o com semblante irado, disse: — Como! És tu o autor da revolta? És tu a causa de tantos perderem a própria vida? Juro pelos deuses que tu hás de pagar caro por isso. Primeiro, na tua carne sofrerás as dores para as quais animaste o coração dos teus colegas.
. . Respondeu Romano: — A tua sentença, ó prefeito, eu a recebo com alegria. Não me recuso a ser sacrificado pelos meus irmãos, por mais cruéis que sejam os meios que tu possas inventar. No que se refere ao fato de que os teus soldados foram repelidos pela congregação cristã, isso apenas aconteceu porque era inadmissível que idólatras e adoradores de demônios entrassem na casa de Deus e poluíssem o lugar da verdadeira oração.
. . Então Asclepíades, absolutamente furioso com essa intrépida resposta, ordenou que Albano fosse amarrado com os braços presos ao corpo e depois eviscerado. Os próprios carrascos, que tinham um coração mais piedoso que o do prefeito, intercederam: — Não pode ser, senhor. Este homem é de uma família nobre. É ilegal submeter um nobre a morte tão ignóbil. — Respondeu o prefeito: — Que seja então flagelado com açoites com pontas de chumbo. — Em vez de lágrimas, suspiros e gemidos, ouviu-se a voz de Albano cantando salmos durante todo o tempo da flagelação, pedindo aos algozes que não o poupassem pela sua nobreza. — Não é o sangue dos meus progenitores — dizia ele — mas sim a profissão de fé cristã que me faz nobre. — As salutares palavras do mártir eram como óleo para o fogo da fúria do prefeito. Quanto mais o mártir falava, mais enlouquecido ele ficava, a ponto de ordenar que as ilhargas do mártir fossem perfuradas a faca até aparecer o branco dos ossos.
. . Quando Romano pela segunda vez pregou o Deus vivente, o Senhor Jesus Cristo, Seu Filho bem-amado, e a vida eterna por meio da fé no Seu sangue, Asclepíades ordenou aos carrascos que lhe esmurrassem a boca até que seus dentes fossem arrancados e sua pronúncia acabasse também afetada. A ordem foi cumprida: ele foi esmurrado, suas sobrancelhas foram rasgadas a unha e suas faces perfuradas a faca; a pele da barba foi pouco a pouco arrancada; finalmente, seu belo rosto estava todo deformado. Disse o dócil mártir: — Eu lhe agradeço, ó prefeito, por ter aberto em mim muitas bocas, com as quais posso pregar a Cristo, meu Senhor e Salvador. Veja cada ferida que eu tenho é uma boca louvando e cantando a Deus.
. . O prefeito, assombrado com essa singular constância, ordenou que suspendessem as torturas. Ameaçou o nobre mártir com o fogo cruel, insultou-o e blasfemou a Deus dizendo: — O teu Cristo crucificado não é mais que um Deus de ontem. Os deuses dos gentios são de extrema antigüidade.
. . Nesse ponto Romano, aproveitando a ocasião, fez um longo discurso sobre a eternidade de Cristo, sua natureza humana, e sobre a sua morte e expiação pela humanidade. Em seguida, disse ele: — Dê-me, ó prefeito, uma criança de apenas sete anos, idade isenta de malícia de outros vícios com os quais a idade mais madura geralmente está infectada, e o senhor ouvirá o que ela tem a dizer. — Seu pedido foi aceito.
. . Dentre a multidão chamou-se um menininho que foi colocado diante do mártir. — Dize-me, filhinho — disse ele — se tu achas que há razão para que adoremos a um só Cristo, e em Cristo a um só Pai, ou então para que adoremos a muitos deuses. Ao que o menininho respondeu: — Certamente Aquele que os homens afirmam ser Deus (seja o que for), deve ser um só; e o que lhe é próprio é único. Porque Cristo é único, Cristo é necessariamente o verdadeiro Deus, pois nós crianças não podemos acreditar que existam muitos deuses.
. . A essa altura o prefeito, tomado de puro espanto, disse: — Tu, jovem vilão e traidor, onde e de quem aprendeste essa lição?
. . — De minha mãe — disse a criança. — Com seu leite suguei a lição de que devo crer em Cristo. Chamou-se a mãe, e ela de bom grado se apresentou. O prefeito ordenou que a criança fosse pendurada e açoitada. Os condoídos espectadores desse ato impiedoso não conseguiam controlar as lágrimas. Apenas a mãe, exultante e feliz, a tudo assistia com as faces secas. Na verdade, ela repreendeu o seu doce filhinho por implorar um gole de água fria. Disse-lhe para ter sede da taça da qual outrora beberam os infantes de Belém, deixando de lado o leite e as papinhas de suas mães. Ela o encorajou a lembrar-se do pequeno Isaque que, vendo a espada com a qual seria abatido e o altar sobre o qual seria queimado em sacrifício, de boa mente apresentou o tenro pescoço ao golpe da espada do seu pai. Enquanto era dado esse conselho, o sanguinário algoz arrancou o couro do alto da cabeça do menino, com cabelo e tudo. Gritou então a mãe: — Agüenta, filhinho! Logo tu verás Aquele que te enfeitará a cabeça nua com uma coroa de glória eterna. — A mãe consola, a criança sente-se consolada; a mãe anima, o menininho sente-se animado e recebe os açoites com um sorriso no rosto.
. . O prefeito, percebendo que a criança era invencível e sentindo-se derrotado, mandou o abençoado menininho para a fétida masmorra e deu ordens para que as torturas de Romano, principal autor destas maldades, fossem repetidas e intensificadas.
. . Assim, Romano foi trazido outra vez para novos açoites, devendo os castigos ser renovados e aplicados sobre as suas velhas feridas. O tirano já não agüentava mais; era necessário apressar a sentença de morte. — É penoso para ti — disse ele — continuar vivo por tanto tempo? Não tenhas dúvida de que uma flamejante fogueira será em breve preparada. Nela tu e aquele menino, teu companheiro de rebelião, sereis consumidos e transformados em cinza. — Romano e o menininho foram conduzidos para a execução. Ao chegarem ao local escolhido, os carrascos arrancaram o filho da sua mãe, que o tomara nos braços. A mãe, limitando-se a beijá-lo entregou a criancinha. — Adeus! — disse ela — Adeus, meu doce filhinho. Quando tiveres entrado no reino de Cristo, lá no teu abençoado estado lembra-te da tua mãe. — E enquanto o carrasco aplicava a espada ao pescoço da criancinha, ela cantou assim:
Todo louvor do coração e da voz
Nós te rendemos Senhor.
Neste dia em que a morte deste santo
Recebes com muito amor.
. . Tendo sido cortada a cabeça do inocente, a mãe a envolveu em seu vestido e a segurou no colo. Do lado oposto, uma grande fogueira foi acesa na qual Romano foi atirado. No mesmo instante desabou uma grande tempestade. Finalmente o prefeito, sentindo-se confuso diante da força e coragem do mártir, deu ordens rigorosas para que ele fosse reconduzido à prisão, onde deveria ser estrangulado.[1]
. . Depois de ler uma história como esta, de mártires que desprezaram sua própria vida por amor a Cristo, de uma mãe alegre ao ver seu filho ser honrado com as marcas de Cristo, você ainda consegue pregar o evangelho que você prega?
. . Você ainda consegue pregar um evangelho de paz, felicidade e sucesso terrenos?
. . Você consegue afirmar que eles não tiveram fé o suficiente para decretar dias melhores?
. . Você consegue viver esse mesmo cristianismo que você diz viver?
A porta é estreita;
O caminho, apertado;
O chão, coberto de sangue;
Tire seus calçados; o lugar que você pisa é santo.
[1] Extraído de O Livro dos Mártires
Creditos à http://voltemosaoevangelho.blogspot.com
domingo, 14 de novembro de 2010
A Viva Esperança
Por Pr. Sérgio Dario Costa Silva
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que,
segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma
viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos.” 1Pe 1.3
Dentre as diversas palavras enfatizadas nos escritos bíblicos, a palavra esperança
possui significado e importância tal para a vida cristã que não pode ser aquilatada. Sua relevância está no fato de fazer a diferença na forma como enfrentamos as diversas situações da vida cotidiana, visto que a viva esperança tranqüiliza o coração ansioso. O conceito de esperança vai sendo ampliado quando se analisa seu valor, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
No prisma veterotestamentário, a esperança está extremamente ligada à confiança e,
com base nesta confiança, Israel podia dizer: “Senhor, tu és minha esperança”. Israel
confiava em Deus, portanto, tinha esperança, crendo na sua fidelidade para com a aliança, pois, quando não se tem confiança, não há esperança. A confiança leva os israelitas a esperarem pelo nome de Adonai, pela salvação, pelo perdão, pelas conquistas, enfim, leva o povo a esperar por uma ação divina e a base dessa espera está no pacto. Portanto, para Israel, Deus não era apenas o objeto de sua esperança, mas também a realização e a própria segurança e garantia de que aquilo que se espera se concretizará, visto que Deus é fiel e zela pela sua palavra.
No prisma neotestamentário, esperança tem um significado mais abrangente, sendo
uma parte intrínseca para a vida cristã, junto com a fé. A esperança está interligada à fé, sendo que a ausência de um compromete a eficácia do outro. Não há esperança sem fé e, da mesma forma, a fé sem a esperança se torna frívola e vazia. A esperança não é de caráter egocêntrico, pois está centralizada em Cristo, sendo uma expectativa confiante e segura daspromessas salvíficas. A grandeza das promessas de Deus motiva o cristão a manter viva sua esperança e suas expectativas, o que se manifesta em uma caminhada perseverante e confiante, rumo às promessas de Deus.
Nos escritos petrinos, em particular, esperança tem um papel fundamental à luz do
contexto de seus leitores, que enfrentavam pressões externas e internas que eram
verdadeiras ameaças para a práxis cristã. De um lado, as perseguições e, de outro, os falsos mestres que atormentavam a igreja; neste contexto, Pedro enfatiza uma vida cristã baseada na fé e na esperança, a fim de capacitar os crentes a enfrentarem o sofrimento e as perseguições.
Diante disso, conclui-se que a viva esperança é uma espera responsável e não
implica em inatividade, pelo contrário, é uma espera que impulsiona, que tira da inércia e que motiva. A esperança revela o grau da confiança que se tem em Deus, como também as expectativas dEle, pois não basta se dizer que tem esperança, tem de haver atitudes que provam que realmente há uma viva esperança.
Aquele que tem uma viva esperança não permite que suas convicções cristãs sejam
abaladas pelas circunstâncias da vida presente. Portanto, não deixa sua esperança morrer.
Extraido de www.monergismo.net.br
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Deus é Senhor
Por Pedrinho Medeiros
Há um engano atual de que grande parte dos cristãos de hoje tem Jesus como Salvador, mas não tem como Senhor. Essa idéia surgiu para tentar explicar a presença de tantas pessoas dentro da Igreja, que não se comprometem de fato com os ensinamentos e com a vida de Jesus, assim como, tentar explicar o grande número de desviados da Igreja. A realidade, porém, é outra. Na verdade grande parte dos que se professam cristãos não são de fato cristãos. Vejamos Rm 10:13 demonstra que não existe salvação, se não O invocarmos como Senhor. Jesus ou é Senhor e Salvador das nossas vidas, ou não é nada para nós, não existe meio termo!
Ainda, a questão de invocá-lo como Senhor, não é uma invocação vazia, como em muitos casos daqueles que atendem ao apelo para “aceitar Jesus”, visto que dados mostram que apenas 2% dos que aceitam permanecem em Jesus. Podemos afirmar que invocá-lO como Senhor, consiste em uma confissão verbal, mas que deve ser acompanhada por uma vida prática como servo.
Mt 7:21 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”
Podemos definir o trabalho, ou a função de um servo da seguinte maneira: ele faz a vontade de seu Senhor. Não existe exceção. O servo faz toda vontade do Senhor, independente qual seja. É uma questão de submissão total. Assim, como demonstra o versículo a cima, invocá-lo como Senhor, só tem real valor, se fizermos a vontade do Senhor, ou seja, se de fato andarmos e vivermos como servos.
Um exemplo de confissão verdadeira é a de Paulo, que logo se submeteu a vontade de Jesus dizendo: “Senhor, que devo fazer?” (At 9:4-6). Um dos grandes problemas atuais é a “oração para receber Jesus”, muitos têm feito tais apelos, e outros têm respondido ao apelo, feito a oração, e confiando que essa oração tem valor, enquanto não tem. Só terá algum valor, se sua confissão de Jesus como Senhor for acompanhada com uma vida servindo ao Senhor!
Alguns podem alegar que estou pregando uma salvação pelas obras, o que não é verdade. A salvação é pela graça, ela começa pelo Senhor, passa pelo Senhor e termina pelo Senhor. A grande evidência, porém, de que alguém foi trazido da morte para a vida, mediante a graça de Deus, e assim, recebeu, também o dom da fé no Senhor Jesus, é se este vive como servo do Senhor.
Como explicar, então, a presença de tantos que professam ser cristãos, mas não vivem como? Já demonstramos que a resposta desta pergunta não é o clichê: “É que ele tem Jesus apenas como Salvador, e não como Senhor”. Então, onde está a resposta? É simples! O homem natural – não regenerado, morto espiritualmente -, é capaz de viver e cumprir deveres religiosos, a maior prova disso é o número de religiosos piedosos nas demais religiões (budismo, islamismo, hinduísmo...). Assim também, existem muitos homens naturais vivendo uma religião cristã, cumprindo deveres religiosos cristãos, porém, não tendo uma vida verdadeira com Deus.
As grandes diferenças do homem natural para o espiritual é que o primeiro odeia o Deus da bíblia, o segundo ama. O primeiro faz concessões, e não está disposto a tudo pelo Senhor, mas só a praticar rituais para aliviar a própria consciência, já o segundo está disposto a entregar-se completamente pelo Senhor, não está satisfeito com ritos e cultos, mas decide viver em todas as áreas da sua vida para a glória do Senhor.
Os naturais (joios) sempre vão existir entre os espirituais (trigos) (vide Mt 13:24-30, 36-43), porém, atualmente existe muito mais joios que trigos, isto porque o Deus da Palavra, com todos os seus atributos (Santo, Justo, Irado com Pecado, Misericordioso, Gracioso, Amoroso) não tem sido pregado, mas sim um deus adaptado às ambições do homem natural, visto a teologia da prosperidade, uso da psicologia para auto-estima, métodos para uma vida melhor, uso de auto-ajuda e etc. Ainda, quando se prega um Deus Santo que odeia o pecado, e vai lançar no inferno todos aqueles que se rebelaram contra Deus e não creram no Senhor Jesus, os naturais dizem: Este não é o meu Deus! O Deus Santo é odiado pelos naturais. Se pregássemos o Deus da Palavra, com certeza, teríamos menos joios que atualmente. O problema é que estamos destinando nossas sementes aos joios e não aos trigos.
Quanto a tê-lo como Senhor. Ele é a nossa prioridade, a prioridade dos espirituais. Digamos que Deus é o único que nós, espirituais, devemos obediência, pois Ele é nosso Senhor. Visto que devo honrar meus pais, mas só se for no Senhor (Ef 6:1). Assim, como devo obedecer às leis de meu país, mas no Senhor (At 4:19-20, 5:29). Isto é: Se obedecer meus pais consiste em desobedecer a Deus, devo priorizar o Senhorio de Deus e aborrecer meus pais (Mt 10:37), assim como, se obedecer as leis nacionais consiste em se rebelar contra Deus, devo me tornar criminoso por amor ao Senhor.
Ele é o nosso Senhor Soberano!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Não coloque de novo as algemas – C. H. Spurgeon
E não sirvamos o pecado como escravos - Romanos 6.6
Crente, por que você tem de se envolver com o pecado? Ele já não lhe custou muito? Crente ferido, você continuará brincando com fogo? Entrará pela segunda vez na cova do leão, depois de haver estado entre as suas garras? Você já não recebeu o bastante da velha serpente? Ela o envenenou antes. Você brincará novamente bem perto do buraco da víbora e colocará sua mão pela segunda vez na toca da serpente? Oh! Não seja tão medíocre!
O pecado já lhe proporcionou algum prazer verdadeiro? Você já encontrou satisfação concreta nele? Se isto aconteceu, retorne à sua antiga servidão e coloque de novo as algemas. Mas o pecado nunca lhe deu o que havia prometido. Pelo contrário, ele o enganou com mentiras.
Não caia outra vez na armadilha. Mostre-se livre e permita que a recordação de sua antiga escravidão o impeça de entrar na rede novamente. O pecado é contrário aos desígnios do amor eterno. Deus deseja a sua pureza e a sua santificação. Não se oponha aos propósitos de seu Senhor. Os crentes nunca pecam sem que isso envolva um alto custo.
O pecado destrói a paz da mente, obscurece a comunhão com Jesus, obstrui as orações, trazendo trevas sobre a alma. Portanto, não seja escravo do pecado. Em cada vez que você serve o pecado, está "crucificando" o Filho de Deus e "expondo-o à ignomínia" (Hebreus 6.6). Você pode suportar esse pensamento? Se você caiu em algum pecado, o Senhor está lhe enviando esta admoestação nesta hora, antes que você se afaste para mais longe. Volte novamente para Jesus. Ele não esquece seu amor por você. A graça de Jesus ainda é a mesma. Com arrependimento e lágrimas, prostre-se aos pés dEle, que o receberá novamente em seu coração.
Extraido de http://www.charleshaddonspurgeon.com
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Diga "Não" ao conformismo espiritual!
O Pb. Solano Portela em seu livro Cinco Pecados que Ameaçam os Calvinistas, escreve no capítulo 4 que um desses pecados é o da falta de ação, o que eu chamo de conformismo espiritual, com o recente avivamento da doutrina reformada no meio evangélico mundial. Porém Satanás mais uma vez tem se levantado para enganar os incautos, isso porque a má compreensão de uma doutrina bíbica, leva indubitavelmente a má aplicação desta doutrina e é aqui que Satanás tem posto suas forças. Por isso gostaria de refletir um pouco acerca do conformismo espiritual, que é a tendência “lógica”, mas não bíblica, da Doutrina da Soberania de Deus quando isolada do todo bíblico.
Quando me refiro a conformismo espiritual, estou me referindo a tendência de se cruzar os braços, quando na verdade devemos agir. Alguns dizem 'nem um só pardal cai por terra se não for da vontade de Deus', isso é verdade obviamente, porém Deus nas Escrituras nos MANDA reagir diante de algumas situações, e a tendência dos “novos” calvinistas que, muitas vezes, não se aprofundam no conhecimento das Doutrinas da Graça, é o de cruzar os braços diante das adversidades, desconhecendo, por exemplo, a doutrina bíblica da providência e da oração.
O Pr. Roger Smalling em seu livro “Os Neo-Carismáticos e o Movimento da Prosperidade“, nos ensina que é errado nos submetermos passivamente a aflição como a vontade de Deus, posto que Ele é soberano e poderia ter-nos prevenido dela. Isso é verdade, porém Deus em sua Palavra, deixa claro que devemos reagir, da forma correta às situações que nos são apresentadas. E quando não fazemos isso estamos incorrendo em pecado, já que na maioria das vezes a tendência é agir da forma incorreta, e isso simplesmente por não ter compreendido corretamente uma determinada doutrina, ou ainda tê-la isolado do todo bíblico, incorrendo em heresia na aplicação.
Também não podemos esquecer que o não conformismo não é:
*Murmuração – Alguns por medo de estarem murmurando, baixam a cabeça e cruzam os braços diante das adversidades, mas esta atitude não é bíblica, e para isso devemos compreender o que é murmurar. Murmurar seria “falar contra alguém ou contra alguma coisa, criticar”. Biblicamente, murmurar seria “falar contra Deus”, “criticar a Deus”, ou simplificando “falar DE Deus”. A murmuração é o resultado da falta de oração em meio à aflição. Para os FILHOS de Deus, o propósito da aflição é a demonstração de dependência do Pai, já que a Escritura nos ensina que “Não veio sobre vós [crentes] tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (cf. 1 Co 10.13). Para que o crente não incorra em murmuração, deve sempre se colocar diante do Pai no altar da oração, buscando dEle o escape. Foi o que fez Paulo quando do “espinho na carne”, orou TRÊS vezes buscando livramento, até obter uma resposta de Deus, e só se “conformou” àquela situação depois disso, já que esta se mostrou a vontade de Deus para Ele.
*Confissão positiva – Muitos que tem saído em defesa das doutrinas bíblicas, têm se levantado contra a teologia da prosperidade e da confissão positiva, doravante TP e CP respectivamente, e no afã de sua defesa têm destituído a igreja da ousadia de comparecer diante de Deus mediante Cristo, para suprir TODAS as suas necessidades. Ora, Jesus disse “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (cf. João 15.7). O problema da TP e CP, neste ponto específico, é que “colocam” Deus contra a parede, imputam a Deus uma OBRIGAÇÃO em fazer o que o homem quer, transformando Deus em “servo” da vontade humana, já que estes fizeram o que Ele lhes ordenou. O antídoto para TP e CP não é uma submissão passiva às adversidades, mas sim uma busca no próprio Deus por livramento, e isto através da oração. De nada adianta ter um grande conhecimento bíblico se a chama do Espírito não arder nos corações, e esta chama só é acesa no altar da oração.
No livro de Atos, os apóstolos disseram "mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra" (cf. Atos 6.4). Quando os apóstolos colocaram a oração antes do ministério da palavra, eles não estavam ensinando que a oração é MAIS importante, mas estavam enfatizando a oração como meio que nos prepara para o ministério da Palavra, e não apenas para o ministério, mas para a compreenção das verdadeiras implicações práticas das doutrinas bíblicas.
Grandes acusações feitas às doutrinas da graça, só são feitas porque em muitos inexiste a prática doutrinária, somos muito teóricos, e nada, ou quase nada, práticos. Já vi pessoas que se dizem calvinistas não depositarem em Cristo sua confiança para salvação, mas na compreensão torta que possuem da doutrina da eleição, e que caminham como aqueles que “convertem em dissolução a graça de Deus” (cf. Jd. 4b).
Em Juízes 3.1,2, o Senhor diz que manteve os povos estrangeiros na terra para que os filhos de Israel aprendessem a guerrear. Da mesma forma isso acontece conosco, depois da nossa conversão Deus não retira da nossa vida as situações adversas, simplesmente porque deseja nos ensinar a lutar, Ele não quer filhos passivos, mas ativos e dependentes dEle. Quando não for para lutar Ele nos avisará, como fez com Josafá (cf. 2Cr 20.17), ou como está escrito no Salmo 46.10 (“Parem de lutar”-NVI).
Concluindo, não é por crermos na absoluta soberania de Deus que devemos passivamente nos submeter às situações adversas que nos são impostas por Ele, mas devemos, confiando em Deus, reagir à estas situações com orações e súplicas, segundo a Sua vontade revelada na Bíblia, até que a paz de Deus que excede todo o entendimento guarde nossa mente e nossos sentimentos em Cristo. Na luta não reclame DE Deus aos outros, reclame COM Deus em oração.
Fonte: [ Internautas Cristãos ]
Creditos à http://bereianos.blogspot.com
Assinar:
Postagens (Atom)