PALAVRA DO DIA
WORD DAILY
Habacuque 3:2 Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.
sábado, 20 de novembro de 2010
Os consoladores de Jó – John Stott
Depois que o Senhor disse essas palavras, disse também a Elifaz, de Temã: "Estou indignado com você e com os seus dois amigos, pois vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó". – (Jó 42.7)
A Bíblia não traz solução para o problema do sofrimento, porém leva-o a sério e indica as maneiras de enfrentá-lo. E nesse sentido que o livro de Jó oferece uma importante contribuição.
O livro começa com uma rápida visão a partir de duas perspectivas. De um lado, vemos a retidão de Jó, sua família e suas riquezas, de outro lado, a joâmara do concilio celestial, onde Deus e Satanás entram numa discussão sobre Jó. Fica claro a partir dessa discussão que os sofrimentos de Jó aconteceram com a permissão de Deus. Só após esse consentimento é que Jó foi esma¬gado por uma série de tragédias, que resultaram na perda de seu rebanho, de seus servos, filhos e filhas e de sua saúde.
Foi nesse momento que seus três amigos chegaram para consolá-lo. Inicialmente, eles apenas ficaram sentados no chão, ao lado dele, e durante orna semana não disseram nada. Como seria bom se eles tivessem continuado de boca fechada! Ao contrário, eles despejaram toda a sua ortodoxia convencional sobre Jó, repetindo novamente a mesma ladainha, que Jó estava sofrendo por causa de seus pecados. "O ímpio sofre tormentos a vida toda", afirmou Elifaz (15.20). "A lâmpada do ímpio se apaga", acrescentou Bildade 18.5), e Zofar concluiu dizendo que "o riso dos maus é passageiro" (20.5).
Embora Jó tenha errado ao se deixar envolver por um sentimento de autopiedade , ele não estava errado ao rejeitar a doutrina de seus amigos ou chamá-los de "médicos que de nada valem" (13.4) e "pobres consoladores" (16.2) que não falam outra coisa senão "absurdos" (21.34). Mais tarde, Deus confirmou o veredicto de Jó ao declarar que estava "indignado com Elifaz e seus dois amigos" (42.7), pois eles "não falaram o que é certo" a respeito dele 42.7-8).
O livro de Jó é também importante para a nossa compreensão das Escrituras. Ele nos diz que não podemos considerar as palavras dos amigos de Jó como um ensino das Escrituras. Esses discursos foram incluídos nas Escrituras com o propósito de serem contestados, não endossados.
Para saber mais: Jó 42.1-9
Extraido de http://www.johnstott.com.br
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