PALAVRA DO DIA
WORD DAILY
Habacuque 3:2 Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Deus é Senhor
Por Pedrinho Medeiros
Há um engano atual de que grande parte dos cristãos de hoje tem Jesus como Salvador, mas não tem como Senhor. Essa idéia surgiu para tentar explicar a presença de tantas pessoas dentro da Igreja, que não se comprometem de fato com os ensinamentos e com a vida de Jesus, assim como, tentar explicar o grande número de desviados da Igreja. A realidade, porém, é outra. Na verdade grande parte dos que se professam cristãos não são de fato cristãos. Vejamos Rm 10:13 demonstra que não existe salvação, se não O invocarmos como Senhor. Jesus ou é Senhor e Salvador das nossas vidas, ou não é nada para nós, não existe meio termo!
Ainda, a questão de invocá-lo como Senhor, não é uma invocação vazia, como em muitos casos daqueles que atendem ao apelo para “aceitar Jesus”, visto que dados mostram que apenas 2% dos que aceitam permanecem em Jesus. Podemos afirmar que invocá-lO como Senhor, consiste em uma confissão verbal, mas que deve ser acompanhada por uma vida prática como servo.
Mt 7:21 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”
Podemos definir o trabalho, ou a função de um servo da seguinte maneira: ele faz a vontade de seu Senhor. Não existe exceção. O servo faz toda vontade do Senhor, independente qual seja. É uma questão de submissão total. Assim, como demonstra o versículo a cima, invocá-lo como Senhor, só tem real valor, se fizermos a vontade do Senhor, ou seja, se de fato andarmos e vivermos como servos.
Um exemplo de confissão verdadeira é a de Paulo, que logo se submeteu a vontade de Jesus dizendo: “Senhor, que devo fazer?” (At 9:4-6). Um dos grandes problemas atuais é a “oração para receber Jesus”, muitos têm feito tais apelos, e outros têm respondido ao apelo, feito a oração, e confiando que essa oração tem valor, enquanto não tem. Só terá algum valor, se sua confissão de Jesus como Senhor for acompanhada com uma vida servindo ao Senhor!
Alguns podem alegar que estou pregando uma salvação pelas obras, o que não é verdade. A salvação é pela graça, ela começa pelo Senhor, passa pelo Senhor e termina pelo Senhor. A grande evidência, porém, de que alguém foi trazido da morte para a vida, mediante a graça de Deus, e assim, recebeu, também o dom da fé no Senhor Jesus, é se este vive como servo do Senhor.
Como explicar, então, a presença de tantos que professam ser cristãos, mas não vivem como? Já demonstramos que a resposta desta pergunta não é o clichê: “É que ele tem Jesus apenas como Salvador, e não como Senhor”. Então, onde está a resposta? É simples! O homem natural – não regenerado, morto espiritualmente -, é capaz de viver e cumprir deveres religiosos, a maior prova disso é o número de religiosos piedosos nas demais religiões (budismo, islamismo, hinduísmo...). Assim também, existem muitos homens naturais vivendo uma religião cristã, cumprindo deveres religiosos cristãos, porém, não tendo uma vida verdadeira com Deus.
As grandes diferenças do homem natural para o espiritual é que o primeiro odeia o Deus da bíblia, o segundo ama. O primeiro faz concessões, e não está disposto a tudo pelo Senhor, mas só a praticar rituais para aliviar a própria consciência, já o segundo está disposto a entregar-se completamente pelo Senhor, não está satisfeito com ritos e cultos, mas decide viver em todas as áreas da sua vida para a glória do Senhor.
Os naturais (joios) sempre vão existir entre os espirituais (trigos) (vide Mt 13:24-30, 36-43), porém, atualmente existe muito mais joios que trigos, isto porque o Deus da Palavra, com todos os seus atributos (Santo, Justo, Irado com Pecado, Misericordioso, Gracioso, Amoroso) não tem sido pregado, mas sim um deus adaptado às ambições do homem natural, visto a teologia da prosperidade, uso da psicologia para auto-estima, métodos para uma vida melhor, uso de auto-ajuda e etc. Ainda, quando se prega um Deus Santo que odeia o pecado, e vai lançar no inferno todos aqueles que se rebelaram contra Deus e não creram no Senhor Jesus, os naturais dizem: Este não é o meu Deus! O Deus Santo é odiado pelos naturais. Se pregássemos o Deus da Palavra, com certeza, teríamos menos joios que atualmente. O problema é que estamos destinando nossas sementes aos joios e não aos trigos.
Quanto a tê-lo como Senhor. Ele é a nossa prioridade, a prioridade dos espirituais. Digamos que Deus é o único que nós, espirituais, devemos obediência, pois Ele é nosso Senhor. Visto que devo honrar meus pais, mas só se for no Senhor (Ef 6:1). Assim, como devo obedecer às leis de meu país, mas no Senhor (At 4:19-20, 5:29). Isto é: Se obedecer meus pais consiste em desobedecer a Deus, devo priorizar o Senhorio de Deus e aborrecer meus pais (Mt 10:37), assim como, se obedecer as leis nacionais consiste em se rebelar contra Deus, devo me tornar criminoso por amor ao Senhor.
Ele é o nosso Senhor Soberano!
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